sábado, 30 de junho de 2007

Velta

Já está à venda pela internet o novo álbum especial estrelado pela mais conhecida criação do quadrinhista Emir Ribeiro. Em Velta - Nova identidade paraibana, a detetive superpoderosa protagoniza duas histórias nas quais tenta salvar a vida de sua mãe, falecida anos antes, vítima de atropelamento. Para isso, a heroína volta no tempo, passa a fazer parte de uma nova família e ganha um sobrenome (escolhido em um concurso promovido em 2004 pelo criador da personagem, e cujo ganhador é divulgado nesta revista). Com 48 páginas coloridas e capa cartonada, a edição foi impressa em duas versões, uma com miolo em papel supremo e outra em couché, custando R$ 8,00 e R$ 15,00, respectivamente. As despesas de postagem variam de R$ 2,50 para envio simples e R$ 5,50 para porte registrado. Acesse o site de Emir Ribeiro para saber quais as opções de pagamento.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Fantasma bem brasileiro

As gerações mais novas de leitores conhecem bem os artistas nacionais que trabalham para as editoras norte-americanas, mas muitas vezes desconhecem o fato de que nossos artistas já produziam HQs dos heróis "gringos" lá pelos idos dos anos 60.
Um herói muito famoso que marcou época no Brasil foi o Fantasma, de Lee Falk. Seu sucesso deve-se a muitos fatores, mas pode-se dizer que a longevidade de suas revistas tem muito a ver com a produção nacional.
Nessa época, era atribuição dos brasileiros produzir histórias ou completar páginas para manter o personagem sendo publicado.
Segundo Walmir Amaral, que dirigiu a equipe de produção, as tiras não conseguiam suprir a edição de revistas mensais. Assim, junto com Gutemberg Monteiro, ele teve a idéia de desenhar o herói.
Sob sua direção, foi então criada o que ele chama de "Equipe Fantasma". Compunham a equipe: Adauto Silva, Wanderley Mayê, Milton Sardella e ainda Julio Shimamoto e Antonino Homobono. Além de chefiar ao artistas e também desenhar, Walmir continuava escrevendo os roteiros, tarefa que dividia com José Menezes.Mesmo com o sucesso de vendas, os artistas brasileiros não eram estimulados a assinar suas histórias, o que, em muitos casos, dificulta descobrir a origem da HQ. "Era proibido assinar as artes, para ocultar que os desenhos em feitos no Brasil. A idéia era passar a impressão de que ainda era Fantasma gringo", revela Júlio Shimamoto. Mas fazendo-se valer da ginga típica do brasileiro, Shima (como também é conhecido) deu um "jeitinho" de marcar suas histórias, ocultando sua assinatura em objetos das cenas, ou em detalhes de figurino ou no cenário. Nas palavras do próprio artista: "Não sou carioca, mas dei meus dribles e consegui camuflar meu nome em siglas de helicópteros ou armas de bandidos, como cimitarras, por exemplo".

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Disney in Deustschland

Em 1935, Walt Disney foi à Alemanha receber um dos muitos prêmios que ganhou em sua prolífica e vitoriosa carreira de cineasta.

Amplamente divulgada pela imprensa alemã, que rotulou Disney como "a grande esperança branca contra os judeus de Hollywood", a visita teria resultado em um encontro do norte-americano com Adolf Hitler e a produtora de cinema Leni Riefenstahl, responsável pelos filmes com propaganda nazista.

O suposto encontro virou uma peça de teatro que será exibida em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, até o próximo dia 24 de junho.

Disney In Deutschland, escrito e montado pelo dramaturgo John J. Powers, mistura elementos fictícios a fatos históricos, e afirma em seu texto de divulgação que o espetáculo é baseado em relatos documentais da época, o que tem gerado controvérsias.

Seja como for, algumas das resenhas críticas colhidas na internet atacam Disney In Deutschland. De acordo com os comentários, há uma tendência iconoclasta na peça, como na passagem que afirma ser Hitler o grande inspirador da Disneylândia, ou a que reforça de forma veemente o caráter anti-semita que Walt Disney sempre foi acusado de ter.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

A Morte do Capitão América


Muita polêmica se fez em torno da morte do "paladino da liberdade" no comic norte-americano "Captain América 25" da editora Marvel Comics, gerando inclusive, estudos sobre sua importância como personagem patriótico no atual contexto político dos Estados Unidos da América e do mundo ; mas, a pergunta que cabe a nós do "Salada Crua" fazer é:Que real importância tem o personagem, uma vez que ele foi criado pela máquina de propaganda americana para enaltecer os ideais da América como nação em 1941? Não seria o Capitão um "modelo ultrapassado"?Seria ele realmente um símbolo fidedigno da bandeira que veste? Ele enxerga a América que realmente existe ou defende apenas "ideais utópicos"?
Salada Crua quer saber sua opinião.

CENTRAL DE QUADRINHOS BRASILEIROS


A CENTRAL QUADRINHOS BRASILEIROS (Por Joacy Jamys * )
A proposta da Central de Quadrinhos Brasileiros (CQB) é a de dar apoio às HQs produzidas no Brasil e que geralmente, não tem apoio merecido. Inclusive, mostram que HQ é arte (como sempre defendo, pararem de mostrar apenas como entretenimento). Na abertura do site*, expõe o seguinte: "No ar, uma nova página que pretende preencher uma lacuna... ou melhor dizendo, uma cratera gigantesca, não só na net como em livros, revistas, jornais ou TVs... com relação aos quadrinhos brasileiros. Assunto sempre relegado ao último plano, como coisa sem importância ou de crianças. E quando falamos de quadrinhos brasileiros não entram as publicações atuais que abarrotam as bancas e gibiterias, que são apenas e meras traduções de material importado, em sua grande maioria dos Estados Unidos da América, e em segundo, do Japão. Quem entrou nesta página procurando notícias, comentários ou os costumeiros puxa-saquismos desses personagens importados velhos e ultrapassados ou seus criadores, veio ao lugar errado. Aqui não valorizamos esse tipo de quadrinho, que já tem espaços e propagandas de sobra em todos os lugares que se vá. Trataremos aqui do tipo de quadrinho que é esquecido pela mídia, que é escanteado, chutado, massacrado e esquecido: o verdadeiro quadrinho nacional. Não importa o gênero: terror, aventura, erótico, drama ou qualquer outro, desde que seja nosso".Para comprovarem seu apoio, eles abriram espaços para Emir Ribeiro e sua principal criação, a VELTA, no qual consideram a musa do site e dos fanzineiros.
No desenho: DRONN. Data de criação: 1986. Gênero: Ficção-científica/aventura. Publicado na revista Fusão e em diversos fanzines. Dronn é um mercenário que vive na cidade de Teutona, que faz parte de um sistema planetário comandado pela Tecnomandata. É considerado um anti-herói pois em seu dia-a-dia passa por uma vivência realista, porém, num mundo futurista. Em 1991 foi publicado uma HQ completa de Dronn no zine Legenda #21. A mesma HQ saiu no fanzine espanhol "Heros la calle" em 1992. Desenho de Joseilson. (*) Joacy Jamys havia pedido cadastro à CQB, mas como não houve atualização da página em tempo hábil, esse grande artista veio a falecer de um AVC, em dezembro de 2006, sem ver sua inscrição da CQB ser efetivada.

Pixel Média Promove Debates sobre Quadrinhos em São Paulo




Pixel Media promove debates sobre quadrinhos em São Paulo
Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (18/06/07)Nos dias 21, 22 e 30 de junho, a Pixel Media e a Fnac Paulista promovem diversas atividades sobre o universo dos quadrinhos, confira: Dia 21 de junho, a partir das 19h: palestra Da criação à publicação de uma história em quadrinhos e lançamento do álbum As Aventuras de Zózimo Barbosa - O Corno que Sabia Demais.Wander Antunes é o criador do álbum As Aventuras de Zózimo Barbosa - O Corno que Sabia Demais, novo lançamento da Pixel. Wander é um dos poucos roteiristas brasileiros que publica no exterior. Aproveitando o lançamento de Zózimo, o autor fala um pouco mais sobre esta obra e dá dicas importantes de como funciona o mercado editorial de quadrinhos. Wander escreve para a editora suíça Paquet, e já recebeu o importante prêmio francês Coup de Couer, no Festival de Chamberry 2005. No Brasil, foi o editor da revista Canalha, ganhadora do HQ MIX de melhor revista adulta. Seu personagem mais conhecido no Brasil é Zozimo Barbosa, o detetive sem caráter que vive histórias amorais no melhor estilo das peças de Nelson Rodrigues.


Dia 22 de junho, a partir das 19h: Mesa-redonda Sexo, política e estética: a hora e a vez dos quadrinhos adultos e lançamento do livro Monstro do Pântano e da revista Pixel Magazine #3. A Pixel é a detentora exclusiva no Brasil dos selos Vertigo e Wildstorm, ambos da DC Comics. Vertigo é mais voltado para o público adulto, com narrativas mais madura e temas como a violência e o sobrenatural. Já o selo Wildstorm busca um público que gosta de ação, aventura e roteiros inteligentes. Participantes: Sidney Gusman (Universo HQ), Odair Braz Júnior e Cassius Medauar (Pixel Media).
Dia 30 de junho, a partir das 16h: Festa Avril Lavigne e show musical cover com Lilu, torneio de quiz e reunião do fã-clube da Avril Lavigne. Ela é jovem, rica, famosa, pop e acaba de ganhar uma versão mangá, na série de quatro revistas em quadrinhos. A história vem na cola do novo CD da moça, The Best Damn Thing.
A FNAC Paulista fica na Avenida Paulista, 901 - São Paulo/SP. A entrada é franca.

domingo, 17 de junho de 2007

O Horror no Brasil

Kripta!Calafrio!Spektro!Revistas que são praticamente marcos da produção nacional de quadrinhos de terror e que revelaram grandes nomes das hqs nacionais como Flávio Colin, Rodofo Zalla, Júlio Shimamoto, Eugênio Collonesse,Rubens Cordeiro, Ataíde Braz, Jayme Cortez, Watson Portela entre vários outros nomes.
Tais títulos apavoraram a imaginação de muitos leitores e incentivaram toda uma onda de novos talentos do traço e do argumento brasileiros, inclusive a nós "saladeros" com nossa modesta produção.
Fica, então, registrada aqui nossa homenagem do Salada Crua a estes marcos das histórias em quadrinhos nacionais e, por que não das histórias em quadrinhos de terror mundiais?

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Renato Canini

Traço simples, poucas linhas, talento de sobra

Renato Canini continua sendo considerado com um dos melhores traços do humor nacional. Dono de uma simplicidade ímpar, é capaz de se expressar com pouquíssimos traços, o que demonstra sua genialidade.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Os Bórgia

Os Bórgia. Ahh, os Bórgia...A série concebida por Milo Manara deveria ser livro de história na escola. A promiscuidade nas ruas do Vaticano, o poder da Santa Igreja orgulhosamente representado pelas intrigas em torno da cobiça pelo poder e pela riqueza e o incesto abençoado pela mão do Santo Padre.
Os Bórgia. Ahh, os Bórgia...



segunda-feira, 11 de junho de 2007

Um Contrato com Deus e outras Histórias de Cortiço

Um Contrato com Deus e outras Histórias de Cortiço Tal qual um navio num mar de concreto, o cortiço no número 55 da Avenida Dropsie transportava seus passageiros numa viagem pela vida. Dentro dos seus apartamentos, com os quartos enfileirados como se fossem vagões de trem, viviam pessoas de baixa renda e suas famílias barulhentas. Elas se mantinham ocupadas criando seus filhos e sonhando com uma vida melhor.

Esses inquilinos entravam e saíam com regularidade, mas muitos ficavam lá a vida inteira, aprisionados pela pobreza ou pela velhice. Não havia nenhuma privacidade ou anonimato, e os vários dramas humanos reuniam instantaneamente testemunhas como formigas Um Contrato com Deus e outras Histórias de Cortiço se aglomerando ao redor de um pedaço de comida largado no chão.

Lançada originalmente em 1978, Um Contrato com Deus e outras Histórias de Cortiço (formato 19,4 x 25,5 cm, 200 páginas, R$ 48,50) recria as memórias da infância de Will Eisner num cortiço do Bronx nos anos 1930. Por meio de quatro histórias que são, ao mesmo tempo, engraçadas, profundas e trágicas, o autor mostra os dramas e as alegrias de pessoas comuns na mítica Avenida Dropsie.

Este álbum foi publicado no Brasil pela Editora Brasiliense em 1988 (confira aqui uma análise da obra), e ganha agora uma nova edição, da Devir, que já pode ser encontrada nas livrarias e lojas especializadas.

domingo, 10 de junho de 2007

Não só "Fumetti"!

Nathan Never!Tex Willer!Zagor!Nick Raider!Mister No!Dylan Dog!Martin Mystere! Estes são grandes personagens normalmente associados aos "Fumetti" (quadrinhos italianos).Mas, em nosso programa não limitamos nosso debate somente a esses personagens icônicos, como também expandimos nosso leque para outros célebres personagens da "Grande Bota" como Ken Parker (o mais humano de todos os personagens de Faroeste) de Ivo Millazzo, a voluptosa Drunna de Serpieri, Ranxerox de Tamburini e Liberatore, os inúmeros personagens e histórias clássicas de Guido Crepax e Milo Manara entre outros, assim como também trouxemos destaque aos nossos artistas que tem publicado na Itália, chamando atenção para a qualidade do quadrinho brasileiro. Em breve Salada Crua trará postagens sobre esses autores nacionais que produzem para a "Grande Bota".

sábado, 9 de junho de 2007

Tales from the Crypt

Em 1950, a E.C Comics de Willian Gaines publicou as polêmicas e clássicas revistas de horror "Tales from the Crypt", "Vault of Horror" e "Haunt of Fear", o que gerou um furor em termos de publicação de histórias em quadrinhos nos então puritanos Estados Unidos da América. Com enredos originais onde, nem sempre as tradicionais figuras associadas à "lei e a ordem" eram os "mocinhos" da trama, imagens inovadoras e chocantes para a época criadas por nomes que se eternizaram como Jack Davis, Graham Ingels,Frank Frazetta,Wallace Wood,Al Willianson, entre outros que podem ser até consideradas os alicerces do movimento underground que seguiria nos quadrinhos americanos da década seguinte.
"Tales from the Crypt" gerou também vários filmes como "Tales from the Crypt" (1972), com Peter Cushing,"Creepshow 1 e 2","Demon Knight" e "Bordel of Blood", mais a popular série de tv, que durou de 1989 a 1996, mais uma série animada.
Abaixo, confira a intro do seriado de tv "Tales from the Crypt":

Fetichast:Províncias dos Cruzados

O álbum Fetichast: Províncias dos Cruzados (formato 21 x 28 cm, 112 páginas, R$ 30,00), da Devir Editora, será lançado no dia 11 de junho, a partir das 19h30min, no Jeremias, o Bar (Rua Avanhandava, 37 - Centro - São Paulo/SP). No centro da maior província de Fetichast, cartazes gigantescos fazem propaganda da única emissora de TV de uma nação em permanente conflito interno. Norte rebelado contra Sul imperialista. Reflexo do poder ditatorial do dono da mídia, o tirânico imperador chamado Desejo. Apesar do clima da guerra, a vida continua no país e nos cruzamentos das grandes avenidas da capital. E é num desses cruzamentos que um músico itinerante se encontra com dois garotinhos também músicos. Acompanhando com o violão, ele começa a cantar para eles a história de cinco crianças: Maria de Graça, Trocadinho, Z, Sindom e Smalt. Freqüentadores assíduos das avenidas da grande província de Fetichast, essas cinco crianças têm histórias de vida diferentes, mas todas carregam em suas rotinas a forte presença da medíocre programação de TV e da violência banalizada. Só o milagre da inclusão social pode tirá-los da condição de meros espectadores, figurantes passivos diante das "telinhas" e torná-los protagonistas de um filme melhor e menos injusto projetado na grande tela da vida. Esta fábula moderna, criada por José Márcio Nicolosi, faz uma crítica severa à programação de TV e à perda dos valores familiares numa sociedade muito próxima da nossa. A história é o segundo episódio da série Fetichast, iniciada em 1991 com a graphic novel Províncias do Desejo, ganhadora do troféu HQ Mix.Este é o segundo álbum que se passa nesse cenário. O primeiro, Fetichast - Províncias do Desejo, foi lançado em 1991, pela extinta editora Nova Sampa.




terça-feira, 5 de junho de 2007

Lourenço Mutarelli


Magnetizado pelo cinema alemão (principalmente Herzog) e por um filme em especial, As três coroas do marinheiro, de Raul Ruiz (realizado em co-produção Chile e França), contaminado pela literatura de Kafka e Dostoievski e embriagado pela música de Carlos Gardel, Lourenço Mutarelli gerou um grande número de heróis atípicos das histórias em quadrinhos. Personagens que parecem viver em uma dimensão muito próxima à nossa, envolvidos pela depressão urbana quando são capturados para viverem momentos cruciais (e muitas vezes terminais) de suas vidas.

O artista, que viveu sérias crises de síndrome do pânico, usa suas histórias em quadrinhos como a melhor forma de comunicação que encontrou com o mundo externo. Foi desenhando que descobriu que as outras pessoas podiam entender o que sentia e como via a vida ao seu redor. A expressividade do preto do nanquim sobre a folha branca do papel (técnica preferida por ele) ampliou o realismo fantástico e sofrido de seus personagens.

Em seus quatro primeiros trabalhos, o artista personificou, em seus heróis, os dramas por ele mesmo vividos, catarses de seu mundo solitário. Já o protagonista de seu quinto álbum, Diomedes, com sua aparência grotesca e personalidade instável, foge às características de seus primeiros trabalhos, constituindo-se em um detetive aparentemente incapaz de resolver qualquer caso. Ao escrever O Dobro de cinco, o artista provou que sua linguagem está realmente nos quadrinhos. Nessa obra, é impossível dissociar um código de outro: são palavras e imagens que caminham juntas, construindo uma narrativa envolvente, uma armadilha.

De uma certa forma, Lourenço Mutarelli personifica, em seus heróis, retratos da sociedade contemporânea: o trágico e burlesco, movido a decepções, fracassos e muita insegurança de um mundo ficcional (ficcional?) totalmente desprovido de elementos éticos e morais. Cada leitura possibilita o descobrimento de novas particularidades dos heróis.

Através das histórias coloridas feitas especialmente para o site da Revista Cybercomix, seus leitores acompanham suas desventuras via Internet. Com uma série de histórias (quase todas autobiográficas), o desenhista conquistou mais um espaço para a tristeza, solidão e ilusão por onde caminham seus "escolhidos". Os heróis criados pelo artista são sinônimos para a dor existencial e a reflexão em torno da miséria humana.
Do fanzine, publicação em revistas, lançamentos de álbuns à Internet, Lourenço Mutarelli é um digno "estudo de caso" a ser analisado por pessoas que, geralmente, não elaboram, mas devoram e são devoradas pela linguagem das Histórias em Quadrinhos.
Abaixo, Salada Crua traz até vocês cenas de um conto de Mutarelli recentemente adaptado para o cinema, O Cheiro do Ralo:

Battle Royale


Um de nossos primeiros temas em debate foi a questão da idiotização do público com "entretenimento" duvidoso conhecido como "Reality Shows" estilo "Big Brother" (onde o público delicia-se com a questão do "voyeurismo",com a "intimidade alheia" revelada para o deleite dos "plugados" em casa. Assim sendo,o primeiro exemplo que nos veio à mente foi "Battle Royale",polêmico sucesso japonês em livro, mangá e filmes, que retrata jovens estudantes trucidando-se em um programa fascista do governo que é televisionado para todo o país.
Abaixo,algumas cenas do primeiro filme de Battle Royale, um pequeno aperitivo ,cortesia de Salada Crua:

Angelo Agostini



Angelo Agostini (Vernate, 1833Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 1910) foi um desenhista italiano que firmou carreira no Brasil. Um dos primeiros cartunistas brasileiros, foi o mais importante artista gráfico do Segundo Reinado.

Viveu sua infância e adolescência em Paris, e em 1859, com 16 anos, veio para São Paulo com a sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini.

Em 1864 deu início à carreira de cartunista, quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Este periódico, apesar de ter obtido repercussão, teve duração efêmera, sendo fechado em 1865. O artista lançou, no ano seguinte (1866) o Cabrião, cuja sede chegou a ser depredada, devido aos constantes ataques de Agostino ao clero e às elites escravocratas paulistas. Este periódico veio a falir em 1867.

O artista mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D. Pedro II. Aqui colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, com as publicações O Mosquito e Vida Fluminense. Nesta última, publicou, a 30 de Janeiro de 1869, Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.

Fundou, em 1 de Janeiro de 1876, a Revista Ilustrada, um marco editorial no país à época. Nela criou o personagem Zé Caipora (1883), que foi retomado em O Malho e, posteriormente, na Don Quixote. Este foi republicado, em fascículos, em 1886, o que, para alguns autores, foi a primeira revista de quadrinhos com um personagem fixo a ser lançada no Brasil.

Foi o nosso "saladero" Jonas Fernando que trouxe à mesa esta farta refeição sobre este que é um pilar da produção de quadrinhos nacional e mundial.


"Os Simpsons no Brasil"

Seguindo nosso debate sobre a retratação do Brasil fora do Brasil,em breve estaremos falando do polêmico (e proibido)episódio de "Os Simpsons" no Brasil, que não foi exibido em território nacional, devido a polÊmica gerada pelos protestos da Secretaria de turismo do Rio de Janeiro.
Salada Crua traz a você o episódio proibido de "Os Simpsons no Brasil":

Wolverine: Saudade

Um de nossos atuais tópicos de debate no programa é a retratação do Brasil e nossa cultura tanto no quadrinho nacional como no quadrinho estrangeiro assim como em outras mídias como o cinema e a televisão. Uma obra sobre a qual debatemos foi Wolverine: Saudade ,dos autores Jean-David Morvan e Phillip Buchet, ambos franceses que retrataram o popular mutante canadense em Fortaleza, no Brasil.
"A dura realidade das favelas brasileiras arrasta o mais popular dos X-Men a um turbilhão selvagem do qual ele não sairá ileso. Entre crianças de rua, esquadrões da morte, um terrível curandeiro e uma estranha divindade local,Logan terá de se render à evidência: no país do samba, a vida humana vale pouco e a paixão permanece à flor da pele."

Salada Crua



Debate sobre quadrinhos em rádio de Pelotas

Os fãs de quadrinhos de Pelotas, no Rio Grande do Sul, ganharam mais uma opção para discutir a nona arte. Fabrício Lima, junto com os amigos Sandro Andrade e Jonas Fernando, todos criadores e produtores de HQs, comandam o programa de rádio Salada Crua. O programa, que vai ao ar toda quarta-feira, entre 21:00h e 21:30h, é veiculado pela Rádio Com 104.5 FM.

Na pauta, novidades, debates e apreciação de histórias em quadrinhos e suas adaptações para outras mídias, como cinema, rádio e televisão. O programa também abre espaço para a divulgação do trabalho de artistas locais, regionais e nacionais.

O Salada Crua pode ser acompanhado ao vivo, pela internet, bastando que a pessoa tenha o programa Winamp instalado no computador. Para acompanhar, clique aqui.