sábado, 9 de fevereiro de 2008

Historietas resistem


A já mais que antológica revista Fierro, publicada pelas Ediciones de La Urraca (a mesma de Hora Cero) , foi um dos grandes marcos dos quadrinhos autorais da Argentina e da América do Sul, em seu tempo, ou, segundo uma definição colhida na página eletrônica oficial de Quino, o 'último refugio orgânico da historieta argentina' .

Durante 8 anos (de 1984 a 1992), Juan Sasturain - ainda um dos mais ativos promotores dos quadrinhos de qualidade na Argentina e também quadrinhista - e Andrés Cascioli foram os maiores responsáveis pela linha da revista que publicou HQs de alguns dos maiores valores argentinos e mundiais, privilegiando os quadrinhos adultos, a experimentação gráfica e o underground.

Na verdade, a Fierro surgiu como - mais - um produto da revista HUM®, um fenômeno de vendas que arrastou outros e que permitiu uma decolagem inicial muito satisfatória da Fierro, em termos de vendagem, embora ela nunca tenha sido um sucesso comercial, o que não deixou de ser uma parábola da realidade para seu slogan: 'historietas para sobrevivientes', uma referência ao período de redemocratização argentina, das quais a Fierro foi o melhor fruto para a Nona Arte.

Na nossa Mostra Trinacional da Nona Arte, em São Vicente, de 1º a 28 de fevereiro de 2006, teremos a capa do número 5, em exposição, com a arte de Azrach, uma das mais emblemáticas séries do mestre francês Moebius, e partes de algumas das HQs publicadas em forma seriada que são incluídas entre as mais importantes da trajetória da Fierro: El Husmeante, de Domingo 'Cacho' Mandrafina e Carlos Trillo; 'Evaristo', série policial noir de Francisco Solano López e Carlos Sampayo, El Cazador del Tiempo, de Enrique Breccia, 'War III, uma das muitíssimas colaborações entre Ricardo Barreiro e Juan Giménez, La Batalla de las Malvinas', com roteiro de Barreiro e desenhos de Carlos Pedrazzini e Ch. Pérez e o Ficcionario de Horacio Altuna. Estas séries formam entre as mais importantes da história da Fierro, às quais se acrescentariam Sudor Sudaca, de Sampayo e Muños, Metrocarguero, de Enrique Breccia / Carlos Mandrafina; El Sueñero, obra solo de Enrique Breccia, Sperman, de Fontanarrosa, e duas criações de Juan Sasturain com dois dos Breccia: Museo, com Patricia Breccia, e Perramus, com Alberto Breccia.

Também teremos a oferecer aos visitantes uma entrevista com Sasturain sobre a trajetória da Fierro e uma outra com Andrés Cascioli, sobre sua carreira.
Extaído do site neorama dos quadrinhos, http://www.neorama.com.br

2 comentários:

Anônimo disse...

Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my blog, it is about the Celular, I hope you enjoy. The address is http://telefone-celular-brasil.blogspot.com. A hug.

Josemi disse...

Cara... Me envergonho de conhecer tão pouco os quadrinhos argentinos, embora saiba que os artistas de lá estão anos luz à nossa frente.
Maravilha de post, Sandro, obrigado pela força. Parabéns pelo blog, pessoal! Entre tantos esse é um dos que valem muito a pena acompanhar.
Abraçoae!