
sábado, 30 de junho de 2007
Velta

terça-feira, 26 de junho de 2007
Fantasma bem brasileiro

Um herói muito famoso que marcou época no Brasil foi o Fantasma, de Lee Falk. Seu sucesso deve-se a muitos fatores, mas pode-se dizer que a longevidade de suas revistas tem muito a ver com a produção nacional.
Nessa época, era atribuição dos brasileiros produzir histórias ou completar páginas para manter o personagem sendo publicado.
Segundo Walmir Amaral, que dirigiu a equipe de produção, as tiras não conseguiam suprir a edição de revistas mensais. Assim, junto com Gutemberg Monteiro, ele teve a idéia de desenhar o herói.
Sob sua direção, foi então criada o que ele chama de "Equipe Fantasma". Compunham a equipe: Adauto Silva, Wanderley Mayê, Milton Sardella e ainda Julio Shimamoto e Antonino Homobono. Além de chefiar ao artistas e também desenhar, Walmir continuava escrevendo os roteiros, tarefa que dividia com José Menezes.Mesmo com o sucesso de vendas, os artistas brasileiros não eram estimulados a assinar suas histórias, o que, em muitos casos, dificulta descobrir a origem da HQ. "Era proibido assinar as artes, para ocultar que os desenhos em feitos no Brasil. A idéia era passar a impressão de que ainda era Fantasma gringo", revela Júlio Shimamoto. Mas fazendo-se valer da ginga típica do brasileiro, Shima (como também é conhecido) deu um "jeitinho" de marcar suas histórias, ocultando sua assinatura em objetos das cenas, ou em detalhes de figurino ou no cenário. Nas palavras do próprio artista: "Não sou carioca, mas dei meus dribles e consegui camuflar meu nome em siglas de helicópteros ou armas de bandidos, como cimitarras, por exemplo".
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Disney in Deustschland

Amplamente divulgada pela imprensa alemã, que rotulou Disney como "a grande esperança branca contra os judeus de Hollywood", a visita teria resultado em um encontro do norte-americano com Adolf Hitler e a produtora de cinema Leni Riefenstahl, responsável pelos filmes com propaganda nazista.
O suposto encontro virou uma peça de teatro que será exibida em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, até o próximo dia 24 de junho.
Disney In Deutschland, escrito e montado pelo dramaturgo John J. Powers, mistura elementos fictícios a fatos históricos, e afirma em seu texto de divulgação que o espetáculo é baseado em relatos documentais da época, o que tem gerado controvérsias.
Seja como for, algumas das resenhas críticas colhidas na internet atacam Disney In Deutschland. De acordo com os comentários, há uma tendência iconoclasta na peça, como na passagem que afirma ser Hitler o grande inspirador da Disneylândia, ou a que reforça de forma veemente o caráter anti-semita que Walt Disney sempre foi acusado de ter.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
A Morte do Capitão América

Muita polêmica se fez em torno da morte do "paladino da liberdade" no comic norte-americano "Captain América 25" da editora Marvel Comics, gerando inclusive, estudos sobre sua importância como personagem patriótico no atual contexto político dos Estados Unidos da América e do mundo ; mas, a pergunta que cabe a nós do "Salada Crua" fazer é:Que real importância tem o personagem, uma vez que ele foi criado pela máquina de propaganda americana para enaltecer os ideais da América como nação em 1941? Não seria o Capitão um "modelo ultrapassado"?Seria ele realmente um símbolo fidedigno da bandeira que veste? Ele enxerga a América que realmente existe ou defende apenas "ideais utópicos"?
Salada Crua quer saber sua opinião.

CENTRAL DE QUADRINHOS BRASILEIROS

A proposta da Central de Quadrinhos Brasileiros (CQB) é a de dar apoio às HQs produzidas no Brasil e que geralmente, não tem apoio merecido. Inclusive, mostram que HQ é arte (como sempre defendo, pararem de mostrar apenas como entretenimento). Na abertura do site*, expõe o seguinte: "No ar, uma nova página que pretende preencher uma lacuna... ou melhor dizendo, uma cratera gigantesca, não só na net como em livros, revistas, jornais ou TVs... com relação aos quadrinhos brasileiros. Assunto sempre relegado ao último plano, como coisa sem importância ou de crianças. E quando falamos de quadrinhos brasileiros não entram as publicações atuais que abarrotam as bancas e gibiterias, que são apenas e meras traduções de material importado, em sua grande maioria dos Estados Unidos da América, e em segundo, do Japão. Quem entrou nesta página procurando notícias, comentários ou os costumeiros puxa-saquismos desses personagens importados velhos e ultrapassados ou seus criadores, veio ao lugar errado. Aqui não valorizamos esse tipo de quadrinho, que já tem espaços e propagandas de sobra em todos os lugares que se vá. Trataremos aqui do tipo de quadrinho que é esquecido pela mídia, que é escanteado, chutado, massacrado e esquecido: o verdadeiro quadrinho nacional. Não importa o gênero: terror, aventura, erótico, drama ou qualquer outro, desde que seja nosso".Para comprovarem seu apoio, eles abriram espaços para Emir Ribeiro e sua principal criação, a VELTA, no qual consideram a musa do site e dos fanzineiros.
Pixel Média Promove Debates sobre Quadrinhos em São Paulo

Pixel Media promove debates sobre quadrinhos em São Paulo
Por Marcelo Naranjo, sobre o press release (18/06/07)Nos dias 21, 22 e 30 de junho, a Pixel Media e a Fnac Paulista promovem diversas atividades sobre o universo dos quadrinhos, confira: Dia 21 de junho, a partir das 19h: palestra Da criação à publicação de uma história em quadrinhos e lançamento do álbum As Aventuras de Zózimo Barbosa - O Corno que Sabia Demais.Wander Antunes é o criador do álbum As Aventuras de Zózimo Barbosa - O Corno que Sabia Demais, novo lançamento da Pixel. Wander é um dos poucos roteiristas brasileiros que publica no exterior. Aproveitando o lançamento de Zózimo, o autor fala um pouco mais sobre esta obra e dá dicas importantes de como funciona o mercado editorial de quadrinhos. Wander escreve para a editora suíça Paquet, e já recebeu o importante prêmio francês Coup de Couer, no Festival de Chamberry 2005. No Brasil, foi o editor da revista Canalha, ganhadora do HQ MIX de melhor revista adulta. Seu personagem mais conhecido no Brasil é Zozimo Barbosa, o detetive sem caráter que vive histórias amorais no melhor estilo das peças de Nelson Rodrigues.

domingo, 17 de junho de 2007
O Horror no Brasil

Tais títulos apavoraram a imaginação de muitos leitores e incentivaram toda uma onda de novos talentos do traço e do argumento brasileiros, inclusive a nós "saladeros" com nossa modesta produção.
Fica, então, registrada aqui nossa homenagem do Salada Crua a estes marcos das histórias em quadrinhos nacionais e, por que não das histórias em quadrinhos de terror mundiais?
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Renato Canini
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Os Bórgia

Os Bórgia. Ahh, os Bórgia...

segunda-feira, 11 de junho de 2007
Um Contrato com Deus e outras Histórias de Cortiço

Esses inquilinos entravam e saíam com regularidade, mas muitos ficavam lá a vida inteira, aprisionados pela pobreza ou pela velhice. Não havia nenhuma privacidade ou anonimato, e os vários dramas humanos reuniam instantaneamente testemunhas como formigas

Lançada originalmente em 1978, Um Contrato com Deus e outras Histórias de Cortiço (formato 19,4 x 25,5 cm, 200 páginas, R$ 48,50) recria as memórias da infância de Will Eisner num cortiço do Bronx nos anos 1930. Por meio de quatro histórias que são, ao mesmo tempo, engraçadas, profundas e trágicas, o autor mostra os dramas e as alegrias de pessoas comuns na mítica Avenida Dropsie.
Este álbum foi publicado no Brasil pela Editora Brasiliense em 1988 (confira aqui uma análise da obra), e ganha agora uma nova edição, da Devir, que já pode ser encontrada nas livrarias e lojas especializadas.
domingo, 10 de junho de 2007
Não só "Fumetti"!

sábado, 9 de junho de 2007
Tales from the Crypt

"Tales from the Crypt" gerou também vários filmes como "Tales from the Crypt" (1972), com Peter Cushing,"Creepshow 1 e 2","Demon Knight" e "Bordel of Blood", mais a popular série de tv, que durou de 1989 a 1996, mais uma série animada.
Abaixo, confira a intro do seriado de tv "Tales from the Crypt":
Fetichast:Províncias dos Cruzados



terça-feira, 5 de junho de 2007
Lourenço Mutarelli

Magnetizado pelo cinema alemão (principalmente Herzog) e por um filme em especial, As três coroas do marinheiro, de Raul Ruiz (realizado em co-produção Chile e França), contaminado pela literatura de Kafka e Dostoievski e embriagado pela música de Carlos Gardel, Lourenço Mutarelli gerou um grande número de heróis atípicos das histórias em quadrinhos. Personagens que parecem viver em uma dimensão muito próxima à nossa, envolvidos pela depressão urbana quando são capturados para viverem momentos cruciais (e muitas vezes terminais) de suas vidas.
O artista, que viveu sérias crises de síndrome do pânico, usa suas histórias em quadrinhos como a melhor forma de comunicação que encontrou com o mundo externo. Foi desenhando que descobriu que as outras pessoas podiam entender o que sentia e como via a vida ao seu redor. A expressividade do preto do nanquim sobre a folha branca do papel (técnica preferida por ele) ampliou o realismo fantástico e sofrido de seus personagens.
Em seus quatro primeiros trabalhos, o artista personificou, em seus heróis, os dramas por ele mesmo vividos, catarses de seu mundo solitário. Já o protagonista de seu quinto álbum, Diomedes, com sua aparência grotesca e personalidade instável, foge às características de seus primeiros trabalhos, constituindo-se em um detetive aparentemente incapaz de resolver qualquer caso. Ao escrever O Dobro de cinco, o artista provou que sua linguagem está realmente nos quadrinhos. Nessa obra, é impossível dissociar um código de outro: são palavras e imagens que caminham juntas, construindo uma narrativa envolvente, uma armadilha.
De uma certa forma, Lourenço Mutarelli personifica, em seus heróis, retratos da sociedade contemporânea: o trágico e burlesco, movido a decepções, fracassos e muita insegurança de um mundo ficcional (ficcional?) totalmente desprovido de elementos éticos e morais. Cada leitura possibilita o descobrimento de novas particularidades dos heróis.
Através das histórias coloridas feitas especialmente para o site da Revista Cybercomix, seus leitores acompanham suas desventuras via Internet. Com uma série de histórias (quase todas autobiográficas), o desenhista conquistou mais um espaço para a tristeza, solidão e ilusão por onde caminham seus "escolhidos". Os heróis criados pelo artista são sinônimos para a dor existencial e a reflexão em torno da miséria humana.Do fanzine, publicação em revistas, lançamentos de álbuns à Internet, Lourenço Mutarelli é um digno "estudo de caso" a ser analisado por pessoas que, geralmente, não elaboram, mas devoram e são devoradas pela linguagem das Histórias em Quadrinhos.
Abaixo, Salada Crua traz até vocês cenas de um conto de Mutarelli recentemente adaptado para o cinema, O Cheiro do Ralo:
Battle Royale

Um de nossos primeiros temas em debate foi a questão da idiotização do público com "entretenimento" duvidoso conhecido como "Reality Shows" estilo "Big Brother" (onde o público delicia-se com a questão do "voyeurismo",com a "intimidade alheia" revelada para o deleite dos "plugados" em casa. Assim sendo,o primeiro exemplo que nos veio à mente foi "Battle Royale",polêmico sucesso japonês em livro, mangá e filmes, que retrata jovens estudantes trucidando-se em um programa fascista do governo que é televisionado para todo o país.
Abaixo,algumas cenas do primeiro filme de Battle Royale, um pequeno aperitivo ,cortesia de Salada Crua:
Angelo Agostini


Angelo Agostini (Vernate, 1833 — Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 1910) foi um desenhista italiano que firmou carreira no Brasil. Um dos primeiros cartunistas brasileiros, foi o mais importante artista gráfico do Segundo Reinado.
Viveu sua infância e adolescência em Paris, e em 1859, com 16 anos, veio para São Paulo com a sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini.
Em 1864 deu início à carreira de cartunista, quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Este periódico, apesar de ter obtido repercussão, teve duração efêmera, sendo fechado em 1865. O artista lançou, no ano seguinte (1866) o Cabrião, cuja sede chegou a ser depredada, devido aos constantes ataques de Agostino ao clero e às elites escravocratas paulistas. Este periódico veio a falir em 1867.
O artista mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D. Pedro II. Aqui colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, com as publicações O Mosquito e Vida Fluminense. Nesta última, publicou, a 30 de Janeiro de 1869, Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.
Fundou, em 1 de Janeiro de 1876, a Revista Ilustrada, um marco editorial no país à época. Nela criou o personagem Zé Caipora (1883), que foi retomado em O Malho e, posteriormente, na Don Quixote. Este foi republicado, em fascículos, em 1886, o que, para alguns autores, foi a primeira revista de quadrinhos com um personagem fixo a ser lançada no Brasil.
Foi o nosso "saladero" Jonas Fernando que trouxe à mesa esta farta refeição sobre este que é um pilar da produção de quadrinhos nacional e mundial.
"Os Simpsons no Brasil"
Salada Crua traz a você o episódio proibido de "Os Simpsons no Brasil":
Wolverine: Saudade
"A dura realidade das favelas brasileiras arrasta o mais popular dos X-Men a um turbilhão selvagem do qual ele não sairá ileso. Entre crianças de rua, esquadrões da morte, um terrível curandeiro e uma estranha divindade local,Logan terá de se render à evidência: no país do samba, a vida humana vale pouco e a paixão permanece à flor da pele."
Salada Crua

Debate sobre quadrinhos em rádio de Pelotas
Os fãs de quadrinhos de Pelotas, no Rio Grande do Sul, ganharam mais uma opção para discutir a nona arte. Fabrício Lima, junto com os amigos Sandro Andrade e Jonas Fernando, todos criadores e produtores de HQs, comandam o programa de rádio Salada Crua. O programa, que vai ao ar toda quarta-feira, entre 21:00h e 21:30h, é veiculado pela Rádio Com 104.5 FM. |